PRODUÇÃO DE BIOGÁS E BIOFERTILIZANTES A PARTIR DE DEJETOS DE BOVINOS, SOB SISTEMA ORGÂNICO E CONVENCIONAL

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TÍTULO

PRODUÇÃO DE BIOGÁS E BIOFERTILIZANTES A PARTIR DE DEJETOS DE BOVINOS, SOB SISTEMA ORGÂNICO E CONVENCIONAL 


DOCUMENTO - DISSERTAÇÃO DE MESTRADO


AUTORES - Camila Ferreira Matos


RESUMO/ABSTRACT

A produção de leite no Brasil destaca-se como uma das principais atividades agropecuárias. Porém, a intensificação desse sistema de produção resulta em grandes concentrações de resíduos. Geralmente, esses resíduos são aplicados na lavoura sem tratamento prévio, salinizando o solo, eutrofizando os rios, entre outros. Recomenda-se o uso do biodigestor como uma alternativa viável de utilização racional dos resíduos orgânicos. O trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da produção de biogás e do potencial agronômico do biofertilizante, resultantes da biodigestão anaeróbica de dejetos de bovinos de leite, sob sistema orgânico e convencional de produção. Utilizaram-se oito protótipos de biodigestores de bancada abastecidos com os dejetos de bovinos de leite, sob produção orgânica, da Fazendinha do km 47 e, com os dejetos de bovino de leite, sob sistema convencional, provenientes da Pesagro-RJ. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições para cada tratamento. Após a coleta e biodigestão anaeróbica dos dejetos foram realizadas análises químicas, físicas e biológicas, de acordo com a Legislação do CONAMA 375/06. Após os 210 dias foi observada uma produção acumulada de 6,18 L de biogás a partir da biodigestão dos dejetos de bovinos sob sistema orgânico (DBSO) e 11,15 L de biogás para os dejetos de bovinos sob sistema convencional (DBSC). O DBSC também apresentou maior potencial energético e potencial de produção de biogás (m3/kg de substrato, de sólidos totais e de sólidos voláteis) em relação ao DBSO. Essa maior produção de biogás nos DBSC está condizente com uma maior redução de sólidos totais (ST) e voláteis (SV) nesse tratamento, com valores de redução de 27% e 33%, respectivamente. No entanto, com relação à explosividade do biogás, o DBSO atingiu 100% de LEL (limites de explosividade inferior) 50 dias antes do DBSC. Isso demonstra que, houve maior produção de biogás no DBSC, porém de menor qualidade, no que diz respeito à concentração de metano, em comparação ao DBSO. Foi observada diferença estatística entre o material de entrada (afluente) e saída (efluente) no biodigestor para pH, condutividade elétrica (CE), ST, SV e umidade. A biodigestão anaeróbica elevou o pH e reduziu a CE no material efluente. Quanto aos biofertilizantes, observou-se diferença estatística entre os DBSO e DBSC tratando-se do pH e da condutividade elétrica (CE). Os biofertilizantes oriundos de DBSO e DBSC apresentaram um teor de C mínimo para serem considerados fertilizantes orgânicos, com valores de 97,14 e 91,04 g kg-1 , respectivamente. Os teores dos nutrientes Mg, K e Fe foram superiores nos biofertilizantes de DBSO e os de Ca, Mn, Cu e Zn foram maiores nos biofertilizantes de DBSC. Os teores de metais pesados, exceto o Ba, foram maiores nos biofertilizantes de DBSC. O biofertilizante do DBSC apresentou teor de Cd acima do permitido por lei para fertilizantes orgânicos. Conclui-se que, os sistemas de produção de leite influenciaram na produção do biogás e nas características químicas e físicas do biofertilizante. Os DBSC apresentaram-se mais eficientes na produção de biogás enquanto que, os DBSO demonstraram maior potencial de uso como adubo orgânico das culturas.

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